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18/04/2014

Um agradecimento à Guarda Municipal



No dia 13 de março passado, por volta das onze horas da manhã, levei um tombo, ao descer da ilha do cruzamento da rua Alagoas com a avenida Getúlio Vargas, próximo ao 5ª Avenida, e bati com a cabeça no chão, fraturando os ossos da face e o nariz e rompendo um supercílio.
Por causa de um remédio anticoagulante que tomo por causa de alguns problemas cardíacos, os ferimentos, apesar de não serem grandes, causaram uma hemorragia muito forte. Para minha grande sorte, no momento mesmo de minha queda passava no cruzamento uma patrulhinha da Guarda Municipal. Os dois guardas pararam o carro imediatamente, desceram, me socorreram, me colocaram no carro e me levaram de sirene aberta para o hospital da UNIMED.
Cheguei ao hospital zonzo, apoiado por um dos patrulheiros, com um dos olhos fechado e o outro enxergando mal, e com o cabelo, a barba, a camisa e parte da calça empapados do sangue que continuava escorrendo. Devia estar parecendo vítima em filme de terror. Pois não é que a moça do atendimento queria que eu preenchesse uma ficha antes de ser atendido? Aí um dos guardas pediu meu cartão do plano de saúde e ficou cuidando da minha admissão enquanto o outro me colocava numa cadeira de rodas e me levava para dentro do pronto socorro. Enquanto esperava a liberação de uma mesa na cirurgia, os dois me ajudaram a tentar conter a hemorragia usando pilhas de toalhas de papel, e ligaram para a Ana, minha mulher, para avisá-la. Enquanto eu era atendido um deles teve a gentileza de ficar na porta do hospital, esperando que ela chegasse para acompanhá-la até onde eu estava, enquanto o outro acompanhava meu atendimento. Só depois que ela chegou e o médico terminou de suturar os ferimentos e me encaminhou para a neurologia é que eles se retiraram, depois de se assegurarem que eu estava me sentindo melhor.
Infelizmente, na confusão de tudo não perguntei os nomes dos guardas, mas mesmo sem os óculos e com um olho fechado consegui ver pelo distintivo que um deles se chamava Anderson. Mas o comando da Guarda pode encontrar seus nomes pela data e hora no seu registro de ocorrências.
A rapidez do socorro foi fundamental por causa da hemorragia, e a cortesia, cuidado e atenção dos guardas nos tocou muito.
Quando pude voltar a colocar meus óculos, depois de passar por uma cirurgia de reconstrução da órbita quebrada (muito bem feita, no Hospital Felício Rocho, pelo dr. Sérgio Moreira da Costa e sua equipe), escrevi uma carta ao comando da Guarda contando o que aconteceu e agradecendo aos patrulheiros. Mas agora quero tornar este reconhecimento público, contando para vocês também. E fazendo votos de que, se um dia precisarem de socorro, que tenham a sorte de encontrar alguém como esses dois rapazes.